Por: John Cutrim
A morosidade na conclusão da obra de duplicação da BR-135 – trecho
Estreito dos Mosquitos/Bacabeira – pode ser creditada ao loteamento do Dnit
(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Maranhão para o
PMDB.
A Superintendência Regional do Dnit, até então bem gerenciada pelo
engenheiro Gerard Fernandes, que coordenou mais de 70% dos trabalhos executados
na rodovia, foi entregue por pressão do PMDB ao neófito Maurício Itapary.
Sem perfil técnico, Itapary foi guindado ao cargo por exigência do
deputado federal Hildo Rocha e do ex-senador José Sarney. A nomeação de Itapary
foi recebida com hostilidade pelos servidores do Dnit.
À época, eles repudiaram “veementemente a nomeação de pessoa
alheia à engenharia rodoviária, sem a qualificação necessária”. Denunciaram que
a indicação estava “em total desacordo com Portaria exarada pelo próprio
Ministério dos Transportes, a qual fixa como privativa de servidor de carreira
a chefia da Superintendência”.
Itapary fez carreira no Instituto de Patrimônio Histórico e
Artístico (Iphan), ligado ao Ministério da Cultura. Tamanho despreparo tem sido
preponderante para a letargia na retomada das obras de duplicação da rodovia.
Enquanto isso, vidas são ceifadas e tragédias familiares seguem
acontecendo. A última, por infeliz coincidência, abalou o segmento cultural de
São Luís com a morte da bailarina Ana Duarte. Até quando a má política seguirá
vitimando o Maranhão?
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