Uema: professores substitutos passarão o Natal sem salários
Por Robert Lobato
Há uma máxima na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), que diz: “professor substituto, substitui mesmo”.
O professor substituto é contratado, na forma da lei, para suprir falta de professor efetivo em razão de: vacância do cargo; afastamento ou licença; ou ainda nomeação para ocupar cargos de direção.
A universidade fez um seletivo em julho de 2014 para mais de 400 professores substitutos com contrato para viger entre 1º de agosto deste anos a 31 de julho de 2015. Muitos campi funcionam com professores substitutos, como são os casos de Codó, Colinas, Coroatá, entre outros. Isso porque não há docentes efetivados por concurso.

Até aí tudo mais ou menos bem.
Ocorre que somente agora o Setor de Pessoal da Uema informa, pasmem!, que a Procuradoria Geral do Estado determinou o cancelamento dos referidos contratos.
Os professores trabalharam o semestre inteiro sem receber salários e, provavelmente, não vão mais receber. Apenas um nota no site da Uema informa que vão indenizar os professores, só não sabem quando, como e nem quanto.
“Professores sem pagamento, alunos sem nota, pois professor sem contrato não tem matricula, sem matricula não lançam nota no sistema. Caos total!”, desabafou um professor substituto para o Blog do Robert Lobato.
Outro disparte é quanto a questão salarial.
Dentro de um quadro de normalidade e legalidade acadêmicas, o salário é de acordo com a titulação do professor, mas o Conforme o Edital Nº 108/2014-PROG/UEMA estabelece pagamento único para doutor, mestre, especialista e graduado.
Assim, um doutor que podia receber quase R$ 9.000,00, recebe R$ 1.904,00, que é o salario de um graduado com 20h! Ou seja, independente do docente ser doutor, mestre, especialista ou graduado recebe apenas R$ 1.904,00. Aliás, iriam receber, já que, como dito anteriormente, a PGE cancelou os contratos e os professores substitutos provavelmente passarão o Natal lisos, mesmo tendo exercido suas atividades profissionais nos últimos seis meses.
Um verdadeiro absurdo!
Com a palavra, o magnífico reitor José Augusto Silva Oliveira.
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