No
quarto dia da primeira incursão da pré-campanha pelo interior do estado, a
ex-governadora Roseana Sarney, PMDB, foi, ontem, pela manhã, à fábrica da
Suzano Papel e Celulose, de Imperatriz. Acompanhada do senador Edison
Lobão; do ministro Sarney Filho, do Meio Ambiente; dos deputados federais João
Marcelo de Sousa e Hildon Rocha, e do prefeito da cidade, Assis Ramos, ela pode
rever o resultado de um grande esforço pessoal dela “em benefício da
consolidação imperatrizense como importante polo industrial do Brasil” – disse,
na saída da indústria.
A
vinda da Suzano para Imperatriz, que a princípio se instalaria noutra
localidade, onde já dispunha de área e de licença ambiental, revolucionou a
economia do município. Na exposição que fez à ex-governadora e sua comitiva, o
diretor Flávio Moura Fé, disse que a mais moderna e segunda maior planta de
papel e celulose do mundo elevou a cidade da décima sexta para a segunda
colocação do ranking das importadoras do Estado.
A
Suzano de Imperatriz exporta para o Mundo cerca de U$ 580 milhões de dólares
por ano; elevou o PIB, Produto Interno Bruto, que é a soma de tudo o que se
produz, 75 vezes; dá 5.055 empregos diretos, 77% para pessoas da região, e
ainda proporciona 4,8 indiretos para cada um direto; exporta 1,7 milhão de
toneladas de celulose, e fabrica aqui mesmo papel higiênico com outras 60
toneladas, e, somente em 2017, pagou de ISS, Imposto Sobre Serviços, CR$ 74,5
milhões às prefeituras da região, mais de 90% disso para Imperatriz.
“São
números impressionantes, sem os quais Imperatriz, cuja economia se baseava
quase que apenas na prestação de serviços, do comércio, principalmente, hoje
viveria a mercê dessas crises que vez por outra quebram regiões inteiras do
Brasil. Orgulho-me muito de ter feito isso por Imperatriz, uma cidade que
respeito muito pelas dimensões que alcançou e que sempre foi alvo da minha
melhor atenção”, disse Roseana.
Em
conversa com os diretores, o deputado federal João Marcelo extraiu que o atual
governo maranhense, ao invés de tirar mais proveito das potencialidades da
Suzano, faz é criar embaraços, inclusive com perdas para os cofres do Estado.
Soube, por exemplo, que pela morosidade no licenciamento de novas áreas de
plantio de florestas de eucalipto, a Suzano está expandindo essa atividade no
Pará, que agra tem um governo muito mais ágil e interessado.
Como
resultado, o governo do Maranhão se vê obrigado a pagar à Suzano pesadas
quantias em devolução de tributos que nem arrecada. É que, pela chamada Lei da
Kandir, há desoneração de tributos nas exportações. Como a Suzano exporta pelo
porto maranhense, é o governo do Maranhão que retorna para o contribuinte a
devolução dos impostos que estão sendo pagos pro Governo do Pará.
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