O
governador Flávio Dino (PCdoB) entrou na reta final da pré-campanha em uma
espécie de inferno astral, com sangrias políticas, partidárias, administrativas
e eleitorais.
A
perda de aliados, somada a perda de legendas com tempo de propaganda – além de
fracassos administrativos em diferentes áreas – formam uma mistura explosiva
capaz de minar qualquer projeto eleitoral do comunista.
Desde
sempre já se sabia que o governo Flávio Dino desestruturou o sistema de saúde
do estado, acabou com a malha que garantia escoamento da produção e o direito
de ir e vir; perseguiu servidores públicos e empresários; e destruiu as
finanças públicas, mesmo herdando nada menos que R$ 2 bilhões em caixa.
Mas
tudo isso parecia sem efeito eleitoral diante do quadro cada vez mais firme de
aliados políticos, garantidos por negociatas e jogo de interesses que
aparelhava o governo em troca de apoios. Era com esse cacife que o comunista se
preparava para entrar na disputa pela renovação do mandato.
Tudo
isso ruiu a partir da decisão do ex-governador José Reinaldo de expor a
ingratidão do governador e decidir deixar o governo.
O
gesto de Tavares estimulou outros, que se preparam para também abandonar a nau
comunista.
Abalado
administrativamente, com as finanças estaduais destruídas e sem palanque
consistente, Dino caminha para o desfecho natural a todos os que se acham
absoluto politicamente.
De O Estado
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