O governador Flávio Dino (PCdoB) abriu, nesta semana, uma crise
com o segmento evangélico do Maranhão ao se negar a receber em audiência no
Palácio dos Leões o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley.
O comunista
chegou a confirmar uma reunião com o israelense, na manhã de ontem (23), mas
voltou atrás.
Alegou estar
com uma virose contagiosa e cancelou a agenda, que acabou sendo cumprida pelos
secretários Marcelo Tavares (Casa Civil), Márcio Honaiser (Agricultura) e
Adelmo Soares (Agricultura Familiar).
Segundo apurou o Blog
do Gilberto Léda, antes de cancelar o encontro, Dino tentou ter
acesso à íntegra do discurso que o embaixador proferiria no Palácio e a uma
lista completa, com informações pessoais, dos integrantes da comitiva.
Ideologia
Para líderes
evangélicos que acompanham Shelley durante sua estada no Maranhão, a
decisão de Flávio Dino é ideológica – e não tem nada que ver com sua saúde.
“O governador
já recebeu o embaixador do Irã e faz diversos gestos aos chineses, que são
governos mais próximos da sua ideologia comunista. Mas se nega a receber o
embaixador de Israel”, reclamou um deles, após cerimônia de entrega do título
de cidadão maranhense ao embaixador, na Assembleia Legislativa.
De farto, o
governador do Maranhão recebeu no Palácio dos Leões, em abril deste ano, Seyed
Ali, o embaixador do Irã, Seyed Ali.
Seyed Ali, embaixador do Irã, foi recebido por Dino |
Em agosto, quem esteve com o comunista foi uma comitiva de empresários chineses, do ramo da siderurgia. Eles receberão incentivos do Executivo para se instalar no estado (reveja).
Minimizou
Em entrevista ao Blog
do Gilberto Léda, após cerimônia de entrega do título de
cidadão maranhense ao embaixador, na Assembleia Legislativa, Yossi Shelley
minimizou o episódio.
“Era uma agenda oficial. Ele
se sentiu um pouco mal e por esse problema ele não chegou. Acho que podemos nos
encontrar depois, quando ele se sentir melhor”, disse. Ele ficará no Maranhão
até quinta-feira (26).
Shelley preferiu não
comentar o fato de que Flávio Dino recebeu representantes do Irã e da China,
mas não o de Israel.
“Eu não entrei nessa questão
de política. Isso não é importante. O importante é que estou aqui. O povo
maranhense ama Israel e nós fazemos negócios com vocês. Eu acho que o
governador também. Pode ser que hoje, mais tarde, ou amanhã eu vá encontra-lo.
Não penso que tenha política nesse caso. Pelo contrário, Israel pode ajudar o
governo e também o governador, se preciso”, completou.
El finalizou fazendo um
convite ao governador maranhense: “Eu convido ele a visitar Israel, o povo
israelense, um pouco a tecnologia e também coisas que são interessantes a todos
os cristãos”.
Do blog do Gilberto Léda
Nenhum comentário:
Postar um comentário