quinta-feira, 11 de agosto de 2016

POLITICAGEM DE CONVENIÊNCIA: A INCOERÊNCIA DE ELIZIANE GAMA!

Em busca do poder, prefeituráveis têm agido a despeito do que diziam aos eleitores e costurado alianças inusitadas e difíceis de acreditar


Por: Yuri Almeida

De tempos em tempos, a política maranhense tem requintes surreais, principalmente nos pleitos municipais. Com a chegada das eleições, políticos tidos como desafetos ferrenhos abandonam discursos, críticas e ataques levantados contra adversários até a noite anterior e, a despeito da decepção de seus eleitores, amigos e até familiares, passam a formar alianças constrangedoras em nome do poder.

Nas eleições de 2016, como já era de se esperar, não será diferente. Contudo, novas experimentações dessa política de conveniência têm chamado a atenção do eleitor mais atento, principalmente com o crescimento do uso de redes sociais e do advento de aplicativos de mensagens instantâneas para celular, como WhatsApp e Telegram.

Necessitada, Gama diz agora que qualquer crítica quanto ao caos deixado por ex-prefeito tucano não passa de “discurso mentiroso”


Este ano, o caso maranhense mais emblemático de negociações por conveniência política envolve a candidatura a prefeita da capital da deputada Eliziane Gama (PPS). Candidata a prefeitura pela primeira vez nas eleições de 2012, ela viu seus votos mais que quadruplicarem em São Luís após subir a tribuna da Assembleia Legislativa com um adesivo para carros onde podia se ler a palavra “Caostelo”, em referência direta a desastrosa administração do então prefeito João Castelo (PSDB). Na época, Gama apontava o tucano como principal responsável pelo caos nas áreas de educação, infraestrutura, saúde, mobilidade urbana e saneamento básico de São Luís.

Contudo, com a chegada de uma nova eleição pelo comando da prefeitura, Eliziane Gama mudou. Para ter o minutos e a verba do PSDB em sua coligação, a novamente candidata a prefeitura da capital lavou os cabelos, foi atrás e trabalhou para ter em seu palaque o mesmo “Caostelo” que ela criticava em 2012.

Durante sabatina nessa quarta-feira 10, por exemplo, Gama se desavergonhou e saiu em defesa do neo aliado. Desmentindo a si própria, ela chamou o tucano de “amigo”, disse que teve contra ele apenas “uma certa oposição” e ainda partiu para cima de quem ouse criticar a herança de descaso e abandono deixada por ele para seus sucessores: “discurso mentiroso”, atacou.

Outros camaleões

Há ainda diversos casos de camaleões pelo Maranhão, que mudam de cor e a direção da língua de acordo com o caminho mais fácil para chegar ou se manter no poder.
Em Timon, por exemplo, a união é entre os Almeida e o Waquim; em Colinas, ocorre o abraço entre o clãs Brandão e Jerry; em Buriticupu, a política de conveniência fica por conta dos Primo e Gildan; em Dom Pedro, entre os Macedo e os Costa; e em Nina Rodrigues, entre Braga e a oligarquia Quaresma.


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