quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

PARALISAÇÃO DOS GARIS EM SÃO LUÍS CONTINUA POR FALTA DE PAGAMENTO DA SEMOSP E SECRETARIA DIZ QUE ATO É ILEGAL

Por: G1 MA
Avenida dos portugueses
Rua grande
Continua a greve dos agentes de limpeza em São Luís (MA), iniciada na última segunda-feira (7). Enquanto segue o impasse entre a categoria, a São Luís Engenharia Ambiental S.A. (Slea) – contratada para o serviço –, e a Prefeitura de São Luís, um amontoado de resíduos e sujeira toma conta de calçadas e canteiros da capital maranhense. A paralisação, dizem os garis, é o atraso no salário de novembro. A prefeitura diz que a paralisação é ilegal.
Com a montanha de lixo, o combate ao mosquito Aedes aegypti – que transmite a dengue, febre chikungunya e zika vírus – está ameaçado na cidade. O lixo espalhado pela cidade serve de criadouro para o mosquito.
Um mutirão com 350 agentes de endemias para identificar e eliminar possíveis focos do mosquito foi iniciado nesta quarta-feira (9), mesmo com a greve dos agentes de limpeza, segundo informou a secretária de Saúde, Helena Duailibe. De janeiro a novembro de 2015, segundo a prefeitura, 652 toneladas de pneus e 47,7 mil toneladas de entulhos foram recolhidos.
‘Ilegal’
Nessa terça-feira (8), a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), se disse surpreendida com o início da greve, já que não foi comunicada pela empresa São Luís Engenharia Ambiental e que trabalha para que os serviços sejam restabelecidos ainda nesta quarta-feira (9).
O secretário de Obras e Serviços Públicos, Antônio Araújo Costa, informou que os agentes de limpeza foram impedidos de trabalhar por ordem da diretoria do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Maranhão (Seac-MA), e que vai tomar as medidas legais. “O sindicato iniciou a greve sem notificar a prefeitura formalmente, não cumprindo com o seu dever legal e obrigação, portanto a greve é ilegal”, disse.
Ainda segundo o Antônio Araújo, a Semosp vai retomar o diálogo direto com os trabalhadores, sem intermédio do sindicato, para que seja retomado o trabalho. O secretário evitou estimar quantas toneladas de lixo deixaram de ser recolhidos nos dias da greve.

Empresa responsável

Por e-mail, a São Luís Engenharia Ambiental informou que está em negociações para adequar seu contrato ao momento pelo qual passa a Prefeitura de São Luís. A empresa espera resolver a situação o mais rápido possível para que os serviços sejam regularizados.

Sindicato

Ao tentar falar com algum representante do Seac-MA, mas em todas as tentativas o telefone da instituição estava ocupado ou ninguém atendeu as chamadas.
Por e-mail, o a reportagem solicitou um posicionamento do sindicato e informações sobre o pagamento dos salários, e aguarda o retorno da entidade.

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