Por: Atual7
Apesar de pagar impostos e serem eleitores do município de São Luís, moradores e trabalhadores da Zona Rural foram excluídos do Sistema de Bilhete Único, um projeto mal desenvolvido pela secretária municipal de trânsito e transporte(SMTT) que é dirigida por Canindé Barros, o benefício que a partir do próximo dia 14, em tese, irá facilitar no percurso do passageiro no transporte público com apenas uma passagem descontada no cartão de transporte com direito de ir e vir no prazo estipulado pelo Executivo municipal, isto é, por apenas 1 hora e 30 minutos, caso a troca de coletivo seja no mesmo sentido; e apenas 45 minutos, caso o sentido seja diferente ao original.

"O Bilhete Único de São Luís vale somente para as linhas urbanas integradas com tarifa R$ 2,60. Na situação em que você precise utilizar um coletivo de uma linha urbana e de uma linha semiurbana o benefício não tem validade", respondeu, deixando claro que, ao contrário do que a maioria vem acreditando, será necessário pagar as duas tarifas separadamente.
Além de ferir o princípio da isonomia e da discriminação com quem mora ou trabalha na Zona Rural de São Luís - e com quem paga a passagem com dinheiro, já que o sistema só funciona via Cartão de Transporte -, o Bilhete Único deve causar revolta na população tão logo seja implantado devido a falta de explicação do funcionamento do sistema, que tem confundido os usuários de coletivos na questão do "sentido da pista", antes mesmo de sua implementação.
Por exemplo, se o usuário pega o ônibus Angelim no bairro em direção ao Centro, o validador da catraca eletrônica indicará IDA. Caso o usuário desça no Monte Castelo e queira ir para o São Francisco, deve pegar, por exemplo, Vinhais-Ipase, até 1 hora e 30 minutos depois do primeiro embarque. Por outro lado, caso o usuário queira ir para o bairro do Bequimão, deve pegar, por exemplo, Cohatrac IV, ainda no Monte Castelo, em parada/ponto no sentido oposto, indicado no validador da catraca eletrônica como VOLTA, dentro de 45 minutos.
A confusão que a prefeitura de São Luís por meio do secretário de Trânsito e Transporte, Canindé Barros, não conseguiu explicar - se não estiverem é escondendo a explicação - é que, caso o usuário pegue um ônibus, por exemplo, no bairro do Recanto dos Vinhas, que só vai até o Terminal de Integração da Cohama, mas descer na Curva do 90, atravessar a Avenida Jerônimo de Albuquerque e pegar na outra via um ônibus sentido São Francisco, terá apenas 45 minutos de Bilhete Único, já que o "sentido da pista" é contrário ao original ou se continuará a ter o restante da 1 hora e 30 minutos de IDA.
O exemplo também pode ser aplicado de forma mais ampla para quem sai de sua casa, na Vila Nova, e desce no Anel Viário para pegar um Parque Timbiras.
Não há certeza ainda se o sistema contará como IDA, que é o sentido real, já que o cidadão está saído de seu bairro em direção a outro, ou se será interpretado pelo sistema como VOLTA, já que o coletivo do Parque Timbiras, por lógica, está voltando para o bairro.
Além dessa confusão, uma outra questão também deve promover a revolta e indignação da população.

Com isso, o que tem sido lançado por Canindé Barros - com dinheiro público, por meio de propagandas pagas - como o cumprimento de promessa de campanha pode não passar, na verdade, de um grande engodo, isto caso não se caracterize logo como estelionato eleitoral, que é crime e dá cadeia.
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