Agora
não tem mais jeito! O martelo foi batido, como se diz na gíria jurídica.
Cansados de esperar por uma solução concreta, por parte do Governo do Estado,
sobre a reposição salarial prometida e não cumprida e que vem se arrastando
desde o ano passado, os professores da Universidade Estadual do Maranhão (Uema)
decidiram hoje, dia 04 de julho de 2017, em Assembleia Geral Extraordinária
(AGE) da classe docente, realizada no auditório do CCSA, por unanimidade, que
não iniciarão as atividades letivas do segundo semestre deste ano, com início
previsto para o dia 14 de agosto de 2017.
O motivo já é sabido de todos:
descumprimento do acordo salarial. Na verdade, essa decisão já tinha sido
tomada na última AGE da classe de professores, ocorrida no dia 11 de maio deste
ano, por unanimidade, e na AGE deste dia 04 de julho, foi apenas ratificada
pelo conjunto de docentes (Ativos e Aposentados) a decisão da classe, que
cansou de esperar pelas promessas do governo estadual. À época, logo após a
Assembleia do dia 11 de maio, as atividades só não foram paralisadas porque os
professores da Uema, num gesto de maturidade, responsabilidade e, sobretudo, de
preocupação com a classe discente, resolveram não interromper as aulas para não
prejudicar o corpo de alunos dos mais diversos cursos da Universidade.
Só para lembrar, o acordo
salarial proposto pela Apruema nada mais é que a reposição das perdas salariais
que já vêm defasadas desde o ano de 2015. Agora, o que existe de concreto até
hoje é o pagamento de uma gratificação técnica no contracheque, que vem
ocorrendo desde outubro do ano passado, mas somente para os docentes da Ativa.
E como o próprio nome já diz é gratificação, o que não é garantia de nada. Os
professores aposentados, por sua vez, nunca foram contemplados com nenhum tipo
de reajuste, inclusive nem com o pagamento da URV, que foi deliberado e
aprovado em assembleia da classe, e “garantido” para ser pago até dezembro de
2016, por meio de acordo administrativo, mas o Governo do Estado, mais uma vez,
não cumpriu o acordado.
Assim, os professores da Uema
(Ativos e Aposentados), nesta AGE de hoje (04 de Julho), decidiram – mais uma
vez – por unanimidade, não acreditar mais nas “marolas” do governo estadual,
apesar de a classe docente já ter sido informada de uma suposta proposta que tá
sendo comentada, nos bastidores do Palácio dos Leões, de uma reposição salarial
para todos os docentes da Uema na faixa de 15%. Acredite se quiser. Mas, se até
lá, ou seja, até o dia 14 de agosto, o governador do Estado refletir e corrigir
a tremenda injustiça que está cometendo com os professores da principal
universidade pública do Maranhão, que é a Uema, uma instituição de ensino
superior que, em campanha, era uma das suas prioridades para melhorar
efetivamente o IDH do nosso Estado, a classe docente voltará a se reunir e vai
avaliar a proposta.
Fonte: APRUEMA
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