quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

UM ALTO EGO

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Um ditado popular é bem conhecido: “Antiguidade é posto”. Ou seja, para quem chega, o ideal é respeitar quem já estava.
Mas não foi isso que ocorreu na sessão de ontem, na Assembleia Legislativa. O deputado César Pires (PV), que tem em seu currículo cinco mandatos de deputado estadual e, antes disto, secretário de Estado e reitor da Uema, participou de uma cena desnecessária, causada pelo empolgado e pouco preparado Duarte Júnior (PCdoB).
Com menos de uma semana como deputado, Hildelis Duarte Júnior se ofendeu com o discurso feito por Pires a respeito da postura que os deputados – reeleitos e novatos – deveriam ter em relação à sociedade. César alertava que os parlamentares deveriam pensar mais na população e menos no governo.
Duarte Júnior se incomodou e decidiu mostrar sua superficialidade argumentativa, que se baseia em achismos e na síndrome de super-herói dos quadrinhos em frases postas sempre na primeira pessoa do singular, “eu sou”, eu posso”, “eu não permitirei”, “eu farei”.
No fim de tudo, o debate desnecessário serviu somente para que Duarte Júnior mostrasse qual será sua postura na Assembleia Legislativa pelos próximos quatro anos (se ele conseguir cumprir, já que há uma ação do Ministério Público Eleitoral contra ele por abuso de poder político e de comunicação).
Quanto a César Pires, a experiência, o conhecimento e o currículo do próprio Duarte facilitaram para que o deputado do PV respondesse em um nível bem superior.
Que o episódio de ontem possa ajudar o empolgado deputado novato a entender que antiguidade é posto e isso precisa ser respeitado.
Apoios – César Pires recebeu o apoio dos colegas de parlamento. Tantos os deputados da oposição quanto dos deputados governistas se colocaram a favor dele.
Nos bastidores, parlamentares chamaram Pires e o cumprimentaram pela postura na tribuna. Os governistas se solidarizaram com ele devido às acusações feitas pelo deputado do PCdoB.
A favor de Duarte? Somente ele mesmo, que espalhou vídeo em um aplicativo de mensagens e nas redes sociais para tentar “ganhar” a discussão.
Estado Maior

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