terça-feira, 11 de agosto de 2015

FLÁVIO DINO EM: OS GOLPES

Por: Gilberto Léda
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fez ontem (10) uma efusiva defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).
Durante o ato de entrega de unidades do “Minha Casa, Minha Vida”, atuou mesmo como militante partidário, puxou coro de apoio à petista e emendou, naquela que foi a frase mais discutida durante todo o dia: “Aqui no Maranhão, nós defendemos a democracia. Somos contra qualquer tipo de golpe”.
Bem… é preciso, então, que o comunista explique melhor o que entende por “golpe”.
Porque, agora, ele considera golpe que adversários da presidente pelo menos cogitem seu impeachment. Mas, em pelo menos quatro outras ocasiões, já atuou para tirar seus adversários políticos do poder.
Golpe 1: Em 2008, denunciou à Justiça Eleitoral suposto abuso de poder político e econômico do ex-prefeito João Castelo (PSDB). Dino tinha acabado de perder a eleição daquele ano para o tucano e tentava casar-lhe o mandato.
Golpe 2: Em 2010, por meio de uma ação do hoje deputado federal José Reinaldo (PSB), tentou a cassação da então governadora Roseana Sarney (PMDB). Ela havia sido reeleita em primeiro turno, mas os aliados do comunista também denunciavam compra de votos .
Golpe 3: Em janeiro de 2014, Flávio Dino e aliados articularam um pedido de intervenção federal no Maranhão por conta da violência em Pedrinhas (relembre). Queriam tomar o poder do Estado das mãos de Roseana.
Golpe 4: Naquele mesmo mês, um grupo de advogados articulou-se com a então oposição dinista e tentou o impeachment de Roseana Sarney (PMDB), também por conta da violência em Pedrinhas.
Quem já tentou tantos golpes contra seus adversários nos últimos sete anos tem autoridade para falar em golpe contra Dilma?
É no mínimo incoerente.
Só que, neste assunto, Dino é, indiscutivelmente, uma autoridade.

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