Por Camarão Seco
O governo da pirraça já virou piada até
para o ex-senador José Sarney. “Desconfio que o próximo ato será tentar me
responsabilizar pelos sete gols que a Alemanha fez no Brasil durante a Copa”,
declarou o ex-presidente, com fina ironia ao jornal Folha de São Paulo.
O motivo para mais um nhem-nhem-nhem comunista
– entre tantos que têm marcado a gestão do governador Flávio Dino – foi a
doação de um imóvel feita por Sarney, em maio de 2014, ao Estado, a pedido do
Iphan.
O sobrado português, datado do final do
século 18, foi comprado por ele em 2003, em risco de desabamento, com reforma
inclusive determinada pela Justiça.
Agora, o governo Flávio Dino
acusa o ex-senador de tentar se livrar do custo da reforma e diz que não aceitará
a doação do prédio, doado ao Estado para a implantação de um polo digital, que
já estava até incluído em um pacote de restaurações bancadas pelo PAC (Plano de
Aceleração do Crescimento).
Conforme apurou a Folha, o antigo dono
do casarão, Joaquim Campelo Marques, havia sido condenado pela Justiça Federal
a realizar obras de restauração e conservação do imóvel, sob pena de multa
diária de R$ 300. As obras não foram feitas e em 2004, quando o imóvel já havia
sido registrado em nome de Sarney, o órgão constatou o desabamento de parte da
cobertura do prédio.
“Pelo visto os dois maiores problemas
que o novo governador (Flávio Dino) encontrou foram a fundação (Sarney) e o
pequeno prédio que doei ao Maranhão. Desconfio que o próximo ato será tentar me
responsabilizar pelos sete gols que a Alemanha fez no Brasil durante a Copa”,
comentou, sorrindo, o ex-presidente.
O atual governo, que administra o
Estado como se fosse uma sinhá de escravos com chicote na mão, pediu apuração
da negociação e não quer aceitar a transferência. A superintendente de gestão
patrimonial, Lídia Helena Figueiredo, que possui ligações com familiares do
governador, afirmou que é clara a intenção de transferir ao “Estado a
responsabilidade de arcar com as despesas”.
Até seria, se o imóvel fosse restaurado
e depois devolvido novamente ao dono. Este foi apenas mais ummi-mi-mi do
encrenqueiro governo. Prepare-se, leitor, muita conversinha ainda será ouvida
nos próximos quatros anos.
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