De como transformar uma
tolice em cavalo-de-batalha…
Por Marco D'eça
Flávio Dino
insiste em gerar crises com a situação do Convento das Mercês e transforma seu
governo em mero palanque de embate político, como se não conseguisse se
libertar dos espectros que criou para embalar sua trajetória política
A inexperiência e a insegurança
do novo governo do Maranhão está transformando uma aparente bobagem
administrativa em uma tempestade que pode resultar em desgaste descomunal ao
próprio governo.
O deboche anterior, e, agora, a birra
com que o governador Flávio Dino (PCdoB) e seus principais auxiliares têm
tratado o caso envolvendo a Fundação da Memória Republicana parece até
patologia psicológica.
Ao transformar em cavalo-de-batalha o
museu que abriga o acervo do ex-presidente José Sarney, Dino quer passar a
imagem de novo poderoso do Maranhão.
Mas acaba demonstrando apenas
insegurança.
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Sarney está às vésperas de deixar 0
último mandato no Senado, e não terá mais qualquer tipo de influência política
no Maranhão e no Brasil. O grupo que ele liderou no estado já não existe mais.
Tanto não existe, que Dino já conta,
inclusive, com quase a totalidade dos eleitos por este grupo em sua futura base
parlamentar.
Mas o governador insiste em ter os
Sarney como um espectro a rondar o seu governo.
Transforma o próprio governo em uma
trincheira política, como se estivesse em campanha, e gerando a inédita
condição de “governo de oposição”.
É o próprio Flávio Dino quem parece
querer o grupo Sarney de pé, como que a justificar qualquer equívoco ou erro de
seu governo.
E assim, vai transformando uma tolice
num cavalo-de-batalha.
Que pode, inclusive, atropelar sua
própria situação de poder…
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