O
evento de ontem promovido pelo senador Roberto Rocha (PSB) na Assembleia
Legislativa exibiu mais uma vez o distanciamento e o clima de ciúmes que há,
hoje, entre ele e o governador Flávio Dino (PCdoB). E a ciumeira é tamanha que
até o fato de Rocha citar que o encontro seria no gabinete da presidência da
Assembleia foi motivo de notas e desmentidos.
Desde que falou do evento, o senador passou a
ser atacado pela guerrilha comunista. O próprio governador trabalhou para
esvaziar o encontro. E orientou o presidente da Assembleia, Humberto Coutinho (PDT),
a emitir uma nota sobre o local do evento.
Mas Roberto Rocha também paga o preço por seu
comportamento furta-cor, ora de um jeito com Flávio Dino, ora de outro. Assim,
não consegue passar segurança para aliados. Até mesmo porque muda o tratamento
com os aliados de acordo com seus interesses imediatos.
A reunião com os prefeitos, ontem, era, sim,
uma tentativa de mostrar força política. Rocha queria passar a Dino a ideia de
que tem forte base de prefeitos, embora muitos nem sequer cogitam apoiá-lo em 2018.
A reunião com os prefeitos na casa
parlamentar marcou a divisão clara entre a política realizada pelo governador e
a do seu “aliado” senador. Mas deixou claro também que o socialista corre o
risco de se isolar na corrida governamental. Isso pela postura “morde-assopra”
que tem com Dino. E a relação superficial que quer manter com outros potenciais
aliados.
Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão
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