O vídeo que acusa o candidato comunista de integrar quadrilhas em Pedrinhas deixou a categoria de polêmica para se transformar em vexame. Só mesmo os mais ingênuos poderiam achar que alguém que comete crimes, que infringe a lei, não seria capaz de mentir.
Mas a questão a ser necessariamente levantada é: mentiu para atingir qual objetivo? Imputar uma falsa culpa ou denunciar Flávio Dino? Transformá-lo, deliberadamente, em vilão ou em herói, uma vítima da “oligarquia”, com sua campanha rapidamente se encarregou de disseminar?
O preso admite que recebeu dinheiro para falar. Também pode ser uma mentira. Mas, sendo verdade, se recebeu, de quem foi, afinal?
Há um feixe de acontecimentos que antecedem essa bomba: ataques a ônibus, atentados contra a fachada da Prefeitura de São Luís e agora paralisação de ônibus, de policiais civis e agentes penitenciários.
Ontem à noite (24), seis homens identificando-se como policiais federais abordaram Lobão Filho e Gastão Vieira, no aeroporto de Imperatriz e revistaram malas, alegando ter recebido denúncia de que havia grande quantia de dinheiro dentro do jato. Nada foi encontrado e cúpula do PMDB, até agora, reagiu de forma tímida.
Os últimos meses foram marcados por uma espécie de terrorismo, produzido em larga escala pela campanha de Flávio Dino ao Governo. Dino não aproveitou para consolidar sua imagem como a de um político acima de disputas paroquias de querelas de baixo nível e muito além da dicotomia Sarney-Contra Sarney. A cada aparição pública é o juizão raivoso que vocifera.
Este pleito está chegando ao fim e deve ser registrado pela história como uma das disputas eleitorais de mais baixo nível que já se viu no Maranhão.
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