Presos 16 suspeitos de incendiarem ônibus neste fim de semanaA principal causa dos ataques, segundo a Segurança, é a insatisfação dos detentos pelas transferências ao Presídio de Segurança Média São Luís III.Por O Imparcial
Dezesseis pessoas presos, cinco menores apreendidos, apreensão de armas e abordagens a veículos. São parte do resultado da ofensiva policial iniciada no último domingo, para conter ataques de criminosos que promoveram incêndios a coletivos e forçaram a suspensão do transporte coletivo no sábado. Dois dos suspeitos foram presos na madrugada de ontem, na Areinha, e podem integrar facção criminosa - Fagner Costa de Sousa e Carlos Eduardo Martins Braga.
A polícia investiga a ligação destes dois presos com os ataques aos coletivos no último sábado, e quais as facções envolvidas. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), em nota, informou que as polícias Civil e Militar atuam no combate aos criminosos e a investigação continua. A nota diz ainda que “todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança da população”.
A principal causa dos ataques, segundo a Segurança, é a insatisfação dos detentos pelas transferências ao Presídio de Segurança Média São Luís III. Com isso, criminosos de dentro e fora das detenções deflagaram uma série de ações pela capital. A ação culminou em tumulto também no Complexo de Pedrinhas, no sábado. Sobre este ocorrido, a SSP afirmou em nota que a situação foi controlada, assim permanecendo durante todo o dia de ontem. Para conter os presos foi realizado reforço no policiamento somado à presença do Batalhão de Choque, Força Nacional e Grupo Especial de Operações Penitenciária (Geop). Ainda 36 detentos estão foragidos, após saída na última quarta, quando um caminhão derrubou o muro do Centro de Detenção Provisória (CDP) para resgatar detentos. Na fuga, quatro presos foram atingidos a bala e recapturados pela polícia. No dia seguinte houve início de motim no Presídio São Luís II; e à noite, um preso foi encontrado morto no CDP.
O Presídio São Luís III tem capacidade para 470 detentos e fica na Vila Maruaí, Zona Rural da capital, às margens da BR-135. Sua estrutura é dividida em quatro blocos com celas coletivas para até oito internos cada uma; dois blocos com celas disciplinares para até dois internos e portadores de deficiências; e triagem. Cada bloco contém solário - local para o banho de sol, e cuja estrutura evitará contatos entre os detentos. As alas das carceragens são feitas com monoblocos de concreto quatro vezes mais resistentes que os convencionais utilizados nas atuais unidades. Com isso, a Segurança garante que será impossível a escavação de túneis manualmente, como tem ocorrido nos outros presídios.
As portas - basculantes ou corrediças, com abertura manual ou movediça - são integradas às unidades com sistemas de vigilância por meio de câmeras e de alarme contra incêndio. O presídio terá ainda recursos de segurança como circuitos internos de TV, raio-X, scanners, bloqueadores de sinais de celulares, entre outros dispositivos. Falar ao celular, como também tem sido constatado nas unidades atuais, não será tarefa fácil aos criminosos, afirma a SSP. Aos agentes e monitores haverá passarelas entre as alas para que a circulação dentro do presídio seja segura e eficaz e estes tenham contato mínimo com os detentos. Somada a esta estrutura, a unidade terá setor administrativo, de saúde, psicológico, refeitório, lavanderia, alojamento para servidores, parlatório (local onde os visitantes conversam com os detentos) e atendimento jurídico em cada bloco. Os recursos da obra são da ordem de R$ 14,6 milhões, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
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