CASTELO: ENTRE A PROTEÇÃO POLÍTICA E A FALTA DE JUSTIÇA NO MARANHÃO
Castelo (PSDB) deixou de pagar "intencionalmente" os servidores de São Luís
Por Hugo Freitas
Quando prefeito de São
Luís (2009-2012), no último mês de mandato, João Castelo (PSDB) deixou de
pagar "intencionalmente" os servidores do município. É o que afirma o
Ministério Público Estadual, que se manifestou sobre denúncia contra o então
prefeito tucano sobre o não pagamento de salários dos servidores.
Na época, CASTELO DEIXOU DÍVIDA
MONUMENTAL DE QUASE UM BILHÃO DE REAIS (cerca de R$ 800 milhões) para a atual
gestão.
O tucano perdeu as eleições municipais de 2012 para Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Depois de ter anunciado sua "aposentadoria" (CONFIRA AQUI), hoje ele
é candidato a deputado federal nestas eleições.
No entendimento dos promotores de
justiça João Leonardo Sousa Pires Leal e Lindonjonson Gonçalves de Sousa, que
assinam o documento, a conduta do então prefeito ignorou o caráter de verba alimentar
que é o salário, essencial à subsistência do trabalhador.
“Salta aos olhos, quando se comprova
que o salário, ou seja, a verba alimentar dos servidores, justamente no mês de
dezembro, em que os gastos são superiores no seio familiar, não foi pago porque
os recursos foram alocados para outros setores, sobretudo, para o pagamento de
fornecedores”, avaliam.
A análise técnica da Controladoria
Geral do Município, no Relatório Parcial de Auditoria n° 01/2013, que analisou
as movimentações financeiras do Município de São Luís no período de 17 a 31 de
dezembro, apontou que “os recursos que ingressaram nos cofres municipais e a
destinação dos mesmos deixam claro que não foi reservado, INTENCIONALMENTE, o
dinheiro necessário para o pagamento dos servidores públicos, uma vez que houve
desnecessário pagamento a fornecedores em período vedado e FLAGRANTE
DESOBEDIÊNCIA À LEGISLAÇÃO”.
A folha de pagamento do Município em
dezembro de 2012 totalizava R$ 45.851.742,94. De acordo com a análise
realizada, havia cerca de R$ 40 milhões nas contas da Prefeitura, que poderiam
ter sido destinados ao pagamento de salários. “Ou seja, quase 90% do valor
estaria quitado, não fosse o DESCASO do administrador público na gestão de
recursos”, observaram os promotores de justiça.
Vale
acrescentar ainda que o fato de
Castelo não ter pago intencionalmente os salários dos servidores
municipais no fim de seu mandato pode ser lido como um claro sinal de
que o tucano
pretendia criar dificuldades à gestão do prefeito Edivaldo, que o
derrotou
nas urnas, demarcando pela primeira vez na história política recente a
não
reeleição de um prefeito da capital maranhense.
Por essas e muitas outras, é inadmissível
que João Castelo ainda esteja livre para disputar novamente um cargo eletivo.
Se o Maranhão fosse um Estado sério, o ex-prefeito tucano era para estar pagando na Justiça por todos os seus "pecados"!!!
Mas
como o desejo de poder de poucos
tem mais força do que a vontade da imensa maioria da população de se
vê gestores públicos pagando por seus crimes, Castelo conta com a
conivência de
determinados candidatos, inclusive de postulantes ao cargo de governador
do
Maranhão - que se sentem "honrados" em tê-lo em seu palanque,
interessados que estão no "curral eleitoral" do tucano - para se
perpetuar no poder e gozar dos benefícios que pode usufruir,
principalmente o de "foro privilegiado" e de "proteção política" de seus
aliados.
Em outras palavras, seja como deputado
federal (se eleito), seja como aliado do líder das pesquisas de intenções de
voto na corrida pelo Palácio dos Leões, posição esta que pode lhe render uma
"polpuda" Secretaria numa eventual vitória de Flávio Dino, João
Castelo continuará sendo uma ameaça aos cofres públicos e ao dinheiro do povo
maranhense, com o agravante de gozar da proteção e conivência de seus pares da
"mudança" e da falta de Justiça contra figuras políticas no Maranhão.
Afinal, "Justiça" no Maranhão é só para pobres e negros. Para os políticos, as "honras"!!!
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