por Aquiles Emir
Domingos Dutra vira pedra no sapato do Governo ao liderar resistência contra lixão em Paço do Lumiar
O ex-deputado Domingos Dutra, que por pouco deixou de integrar a equipe do governador Flávio Dino, como representante do Estado no Distrito Federal, está se constituindo numa pedra no sapato do Governo do Estado, em Paço do Lumiar, onde reside. Ele, na condição de advogado, lidera a resistência das comunidades da Pindoba e de Iguaiba contra a instalação de um aterro sanitário pela Prefeitura. Na sexta-feira (5), o governador despachou o secretário de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves, para mais uma rodada de conversa, mas sem acordo entre as partes.
Há cinco dias, moradores da área próxima ao lixão bloquearam a passagem do caminhão de lixo e o poder público municipal solicitou intervenção policial para desobstruir a passagem. Com o objetivo de evitar o confronto e solucionar a questão de forma pacífica, as Secretarias Estaduais de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Segurança Pública (SSP) e o Instituto de Colonização de Terras do Maranhão (Iterma) foram ao local na última quarta-feira (03) para dialogar com os moradores e com representantes da Prefeitura de Paço do Lumiar.
O Município alega que só pode avaliar a possibilidade de retirada do aterro previsto para o local, após a conclusão dos estudos técnicos de viabilização da área, que deverá ser feito pelas universidadesFederal e Estadual, que ficarão responsáveis pela elaboração do laudo. A comunidade por sua vez, se nega a desbloquear o acesso ao lixão sem a garantia de que os povoados da Pindoba e Iguaiba estarão fora das opções de aterro sanitário.
"O Estado possui poder limitado nesta disputa. Demos início ao processo de mediação entre as partes, devido à complexidade do conflito social instalado. Nosso intuito é de encontrar uma solução pacífica para a questão e esgotar todas as possibilidades de negociação entre a comunidade e prefeitura”, disse Francisco Gonçalves após a reunião. O Governo ofereceu auxílio e o acompanhamento dos estudos técnicos.
Como não houve acordo entre as partes e em virtude da autonomia do município em atuar sobre a questão, cabe a Prefeitura de Paço do Lumiar dar prosseguimento à solução da questão. O prefeito Josemar Sobreiro ressaltou que a gestão não possui viabilidade econômica para transportar o lixo para outra área. “No momento, não temos como descarregar o material recolhido em outro local. Além disso, só podemos dar uma solução definitiva para a escolha de outro local após a realização dos estudos previstos para ocorrer no prazo de seis meses”, explicou.
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