Por Antonio Martins
Suspeito de agiotagem, Acionildo Matos que é ex-presidente da Câmara Municipal de Bom de Jardim, também é investigado por outros crimes menores. Em 2012, ele chegou a ser preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) conduzindo uma caminhonete roubada do estado de Goiás. No momento da prisão, foi descoberto contra ele um mandado de prisão decretado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, em que ele foi condenado por furto qualificado.
Um dos casos mais conhecidos do envolvimento de Acionildo com agiotagem foi com o ex-prefeito de Buriticupu, Antônio Marcos de Oliveira, o Primo (DPT), cujo pagamento foi maquiado por um escandaloso contrato de locação de veículos destinados ao transporte escolar naquela cidade, no valor de R$ 1.455.500 (hum milhão quatrocentos e cinquenta e cinco mil e quinhentos), firmado com a Empreendimento Bomjardiense Ltda, empresa agraciada também com contratos de obras e serviços na prefeitura buriticupusense.
DA AGIOTAGEM À SOCIEDADE CRIMINOSA
Em meados de 2012, Acionildo Matos aproximou-se de Ribamar Alves, por intermédio de seu primo, o empresário Raimundo Sales Filho, atual ordenador de despesa da Prefeitura de Santa Inês. Sales Filho é conhecido naquela região por serviços de pistolagem prestados ao ex-prefeito de Vitória do Mearim, Normando Farias e, ao pecuarista Nélson Nagem Frota. Ele mesmo faz questão que todos saibam de seu passado e que em sua residência existiria um pequeno arsenal. Existe a suspeita que o servidor público só adentra na prefeitura de Santa Inês portando arma de fogo na cintura.
Conforme os documentos ao qual o blog teve acesso, no dia 06 de setembro de 2012, um mês antes das eleições de 2012, Acionildo Matos acertou com Ribamar Alves um empréstimo de R$ 750 mil para financiar a campanha.
Como garantia, Alves usou, entre outros bens, um imóvel denominado ‘Fazenda Água Preta’, medindo 1.259,43,85 hectares, localizado no povoado de Boa Vita, hoje anexado ao município maranhense de Monção. A transferência da área ao agiota Acionildo foi negociada por R$ 750 mil [valor do empréstimo], sem pagamento de impostos e emolumentos, conforme consta no Livro nº 02, folhas 53 e verso da Serventia Extrajudicial daquela comarca, conforme consta na escritura de cessão de direitos hereditários ao qual o blog teve acesso.
O blog teve acesso a uma farta documentação que comprova a ligação do prefeito Ribamar Alves com o chefe da organização criminosa. Depois das eleições, os dois estreitaram laços de amizade e tornaram-se sócios. O agiota virou uma espécie de ‘coadmistrador’ da Prefeitura, visando garantir o recebimento do seu dinheiro. Nessa parceria, ambos vêm desviando recursos públicos através de contratos com as empresas Empreendimento Bomjardiense Ltda e Cosntrutora Sales Soares Ltda, conforme extratos de contratos em anexo.
PREFEITO CONTRAIU DÍVIDA IMPAGÁVEL
O dinheiro que parecia ser a solução para os problemas da campanha do então candidato do PSB à Prefeitura da cidade fez o atual prefeito contrair uma dívida impagável. Além de negócios na Prefeitura, o agiota foi mais solicito com o prefeito, ao se comprometer com a reforma da mansão que o gestor mantém na capital do estado, localizada na Rua Comendador Adelino Silva, 12, bairro Olho D’Água. Por causa da magnitude da obra, os serviços se arrastam por mais de dois anos. Como se não bastasse, Acionildo ‘amarrou’ Alves ainda mais: pagou uma dívida do prefeito junto ao pecuarista José Wilson de Macedo, conhecido por Dedé Macedo, figura por trás da estrutura de campanha do governador Flávio Dino (PCdoB). Sobre o assunto, o blog vai revelar os detalhes em breve numa postagem bastante documentada.
O esquema de desvio de dinheiro público e apropriação do patrimônio imobiliário municipal patrocinado pelo prefeito Ribamar Alves e Acionildo Matos conta com forte assessoria jurídica capitaneada pelo advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro, acusado pela Justiça Estadual de ser o braço jurídico das quadrilhas de agiotas do Maranhão.
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