Candidato do PCdoB é envolvido co
m trabalho escravo e conflito agrário em Codó
Por Atual 7
A relação do candidato do PCdoB ao governo estadual, Flávio Dino,
com o trabalho escravo, vai muito além das notícias de que ele recebera,
na campanha de 2010, a doação de R$ 500 mil – em espécie e de uma só
vez, a dez dias do pleito – de uma empresa ligada a um grupo
escravagista, a Infinity Bio-energy Brasil Participações S.A.
O Atual7 apurou que, um de seus candidatos a
deputado estadual, Camilo Figueiredo Filho, o Camilinho (PCdoB), filho
do deputado estadual e também escravista Camilo Figueiredo (PR), é um
dos donos da Líder Agropecuária Ltda, que figura desde 2013 com a
Fazenda Bonfim, em Codó, na lista suja de trabalho escravo do MTE
(Ministério do Trabalho e Emprego) e da SDH/PR (Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República), atualizada recentemente, em 2 de
julho de 2014.
Sócio da Líder Agropecuária com 25% das ações da empresa escravista, o
comunista buscará uma das 42 cadeiras da Assembleia Legislativa
carregando em sua ficha corrida o peso de uma operação conjunta
realizada pela SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego )
do Maranhão, MPT (Ministério Público do Trabalho) e Polícia Federal, na
fazenda de sua família, em março de 2012, onde foram resgatadas sete
pessoas em condições análogas à de escravos.
Na época da ação, constatou-se, entre outras irregularidades, que a
água consumida pelos trabalhadores – incluindo as crianças pequenas –
era a mesma utilizada pelos animais da propriedade, que era retirada de
uma lagoa imunda, repleta de girinos, e acondicionada em pequenos potes
de barro para ser consumida sem qualquer tratamento ou filtragem. Os
trabalhadores resgatados cuidavam da limpeza do pasto e ficavam alojados
em barracos feitos com palha, e não tinham carteira de trabalho
assinada e nem contavam com qualquer equipamento de proteção individual.
Multimilionário [no TRE/MA declarou bens no valor de R$
4.033.517,00], o candidato a deputado estadual pelo PCdoB é ainda um dos
proprietários, juntamente com o pai-deputado-escravista e o
avô-escravista, Benedito Francisco da Silveira Figueiredo, o Biné
Figueiredo, ex-prefeito de Codó, da Fazenda Puraquê, também localizada
no município maranhense.
Em 2012, mais de 30 homens armados de pistolas .40 e escopetas
calibre 12 – incluindo policiais militares de São Luís -, invadiram a
Comunidade Quilombola Puraquê, às margens da BR-316, e tentaram expulsar
59 famílias que residem na área, queimando suas plantações e as
ameaçando de morte. Dois PMs chegaram a ser presos pelo Núcleo de
Operações Especiais (NOE) da Polícia Rodoviária Federal pelas práticas
milicianas.
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