Flávio Dino é aconselhado a calar a boca
Faltando apenas três meses para o primeiro turno das eleições, um silêncio de túmulo toma conta do candidato Flávio Dino. Não há mistério para tal atitude. O Comando Comunista acaba de receber mais uma pesquisa qualitativa que demonstra o quanto Dino conseguiu se tornar o maior chato da política do Maranhão dos últimos anos. As razões resumem-se em uma só: de tanto criticar, berrar, queixar-se, o comunista foi associado pelos eleitores ao típico “consertador do mundo”.
O ex-presidente da Embratur tornou-se uma espécie de Joaquim Barbosa no quesito da irritabilidade. Ele carregou consigo a peculiar arrogância do meio jurídico – a ponto de ser apelidado de “professor de deus” – e não conseguiu obter um capital valioso na política: o carisma.
Durante os últimos anos, Dino assumiu uma postura de algoz diante das mais variadas situações. Sempre que foi contrariado, agiu como um déspota. Quando o Ministério Público inocentou o hospital em onde seu filho Marcelo foi atendido e morreu, entrou com uma representação contra o promotor Diaulas Ribeiro, responsável por apurar as causas do falecimento do menino. E até opinou a favor de que o STF criasse limites para a atuação do MP, considerando-o uma “ditadura”.
O ex-juiz age na política como se estivesse a todo instante emitindo uma sentença de condenação. Basta que qualquer membro do governo estadual espirre para que logo o comunista opine, de forma raivosa e desnecessária. Contraditoriamente, Flávio Dino não suporta críticas, faz política com o fígado. Foram inúmeras vezes em que não teve vergonha em expor sua infantilidade para uma atividade que não permite amadores. “Já me queixei ao senador Sarney”, choramingou certa vez ao reclamar dos blogueiros – como se não sorrisse cinicamente diante das postagens apelativas e bobas de um blog chamado Marrapá, que atua a serviço de sua campanha.
Dino não tem jogo de cintura para atravessar o terreno pantanoso da política, que costuma engolir os mais afoitos. Por isso, agora ele foi aconselhado pelos seus marqueteiros a calar a boca. Na opinião do staff, o comunista deve agir como um time que está ganhando, segurando a bola até que o juiz apite o final da partida. No clássico A Arte da Guerra, o misterioso Sun Tzu aconselha que “um general experiente deve esconder-se”. Será que ele conseguirá fechar a torneira de asneiras até outubro? Façam suas apostas.
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