segunda-feira, 16 de junho de 2014

Paróquia Santo Antônio de Pádua encerra os festejos do padroeiro e divulga nota de repúdio a Prefeitura!

Encerra-se  a Trezena e os festejos em louvor a Santo Antônio de Pádua, no Cohajap. A procissão luminosa tem concentração na igreja da Santíssima Trindade no Parque Athenas e  tem início pelas 18h. Em seguida acontece a Santa Missa solene (prevista para as 19h00) na igreja matriz da paróquia, no Cohajap.
Pelo segundo ano consecutivo o tradicional e familiar Arraial de Santo Antônio no Cohajap não acontece até o final do mês de junho por falta de apoio da Prefeitura da cidade. Segundo o pároco, o arraial da igreja não é contemplado pela política cultural dos atuais gestores evangélicos. “Muda a gestão e as coisas mudam” desabafou o pároco na Missa de abertura dos festejos.
Vide o vídeo:
A Paróquia Santo Antônio de Pádua, em contato com o editor deste blog, solicitou que divulgássemos a presente NOTA DE REPÚDIO ao descaso com que o próprio pároco, o sacerdote franciscano conventual Frei Francisco Sales, foi tratado pela Prefeitura de São Luís. Reproduzimos na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO E INDIGNAÇÃO DA PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA À
FUNDAÇÃO DE CULTURA DE SÃO LUÍS
santo antonio cohajap"encerramos o festejo de nosso glorioso Santo Antônio de Pádua, padroeiro de nossa paróquia, no Cohajap. Minha gratidão a todas as comunidades, pastorais e movimentos que trabalharam sem medir esforços para o bom êxito de nosso festejo.
A todos os confrades e sacerdotes que celebraram conosco, a todos os fieis devotos que acreditaram e fizeram conosco essa bonita festa, minha gratidão e reconhecimento à Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão, à nossa amiga e irmã na fé Olga, pelo patrocínio e pela valorização do nosso evento.
A todas as empresas e pessoas físicas que nos apoiaram nas mais diversas formas para que o nosso evento acontecesse. Louvo e agradeço a Deus por todas as pessoas de boa vontade pelo bem que nos fizeram durante esses dias.
Mas não poderia também deixar de expressar em nome de toda a nossa paróquia e dos fieis devotos de Santo Antônio, que sentiram conosco essa decepção, a nossa indignação e repúdio à FUNC – Fundação de Cultura de São Luís, pela forma desrespeitosa e indigna de considerar o nosso pedido para que nos apoiasse ao tradicional e familiar Arraial de Santo Antônio, no Cohajap – um evento religioso, mas que também tem um  caráter cultural e social.
A este órgão da Prefeitura de São Luís, que tem por dever cuidar e promover a cultura de um povo, nosso pedido foi considerado irrelevante e ignorado diante da sua significação religiosa e cultural já adquirida junto a uma comunidade católica que tem uma tradição de quase vinte anos e um alcance cultural para além da própria comunidade, estendendo-se para toda a cidade de São Luís, uma vez que o nosso evento é considerado entre os quatro maiores eventos  culturais da capital maranhense. Não podemos aceitar com silêncio sermos tratados com total discriminação e insignificância social, religiosa e cultural.
Por isso, questiono qual foi a real motivação para que essa fundação de cultura cancelasse do seu calendário de eventos e do seu planejamento um evento de tamanha significação e importância para a cidade de São Luís? Seriam questões religiosas, já que a nova administração municipal professa um credo diferente da nossa comunidade católica? Seriam questões políticas, ideológicas?  Confesso a vocês que não tenho resposta, mas gostaria de lembrar que vivemos num estado laico e que a cultura é do povo.
Porém posso afirmar que, mesmo tendo sido boicotado o nosso evento pela Prefeitura, sem nenhum diálogo ou esclarecimento no seu tempo devido, o nosso festejo aconteceu e hoje aqui estamos encerrando com muita alegria e gratidão a todos que nos apoiaram para que a fé e a cultura de uma comunidade não desaparecesse por causa de ideologias, má vontade política e gestão pública incompetente. Que Santo Antônio interceda a Deus por todos nós. Paz e Bem!”
Frei Francisco Sales, O.F.M. CONVENTUAL,
Pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua
POR: Bruno Leone

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