terça-feira, 19 de agosto de 2014

OS HUMILHADOS PELA DITADURA DA MUDANÇA

Acorrentados na prefeitura, professores anunciam greve de fome

Por Marcelo Vieira 
 

O grupo de professores que está acorrentado no Palácio de La Ravardière, sede da Prefeitura de São Luís, anunciou, nessa segunda-feira (18), o início de uma greve de fome coleitiva. A ocupação do local entrou no sexto dia nesta terça-feira (19). A informação foi publicada pelo jornal “O Estado do Maranhão”.
Segundo o comando da paralisação, o objetivo da greve de fome é pressionar a prefeitura a retomar as negociações pelo aumento dos salários e melhores condições de trabalho.
Nessa segunda, estava prevista uma reunião na sede da Promotoria da Educação entre os docentes e a Prefeitura de São Luís. O secretário municipal de Educação Geraldo Castro Sobrinho não compareceu, mas enviou dois representantes que teriam avisado sobre a elaboração de uma contraproposta à categoria.
Aproximadamente 500 professores participaram de uma assembleia realizada nessa segunda-feira, em frente à sede da prefeitura. Eles decidiram pela continuidade da greve e que o grupo permanecerá no palácio e fará greve de fome até que as reivindicações da categoria sejam atendidas.
Ocupação
Os professores ocuparam a sede da prefeitura no dia 13 de agosto, depois depois que a 1ª Vara da Infância e Juventude de São Luís atendeu ao pedido de tutela antecipada do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e concedeu liminar determinando o reinício imediato das aulas na rede municipal de ensino.
No dia 22 de maio, a categoria iniciou a paralisação total das atividades e continuam em greve mesmo após decreto de ilegalidade do movimento pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA).
Os trabalhadores reivindicam 20% de reajuste salarial e data-base de acordo com a Lei do Piso, implantação imediata dos direitos estatutários, retroativos das progressões (vertical, horizontal, difícil acesso e titulação), além de melhores condições de trabalho. Até o momento, a prefeitura mantém contraproposta de 3% e obras de reparo em 50 escolas, alegando falta que a aplicação de um reajuste superior ao proposto implica no descumprimento de regras impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que prevê como limite de gasto com pessoal 54% da receita.

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