O Partido Verde encaminhou
ontem, à Superintendência da Polícia Federal no Maranhão e à Procuradoria
Regional Eleitoral, notícia de fato denunciando a disseminação de fake
news contra a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) por
servidores do governo Flávio Dino (PCdoB).
pv
Assinada
pelo deputado estadual Adriano Sarney, a denúncia destaca a atuação do atual
secretário de Estado da Comunicação e Articulação Política, Ednaldo Neves
(PCdoB), de dois assessores ou aliados do Executivo, identificados como
Fabrício Oliveira e Uberlandes Alves, e do professor Samuel Barroso – irmão do
ex-secretário Márcio Jerry.
Neves,
Barroso e Oliveira postaram em redes sociais ou espalharam em grupos de
WhatsApp uma montagem em que o deputado federal Hildo Rocha (MDB) teve seu
rosto trocado com o do presidente Michel Temer (MDB) para simular a presença
deste num ato político da ex-governadora em São Luís, na segunda-feira 21. Já
Uberlandes Alves tem usado as redes sociais, corriqueiramente, para publicar
montagens ridicularizando a adversária do governador.
Para
o PV, o fato de um secretário de Estado estar atuando para disseminar boatos
contra uma pré-candidatura, em horário de expediente – a postagem de Ednaldo
Neves ocorreu às 13h18 de terça-feira, 22 – e possivelmente com aparelho telefônico
corporativo, é ainda mais grave e demonstra a crença dos governistas na
impunidade.
“A
notícia falsa disseminada por Ednaldo Neves denuncia o intento de manipular a
opinião pública, desestabilizar a disputa eleitoral, influenciar no resultado
eleição de 2018 e prejudicar adversários. O fato trazido a lume é de extrema
gravidade e causa maior perplexidade por demonstrar que um secretário de estado
(de comunicação) não tem o menor receio de praticar conduta ilícita,
contaminando o ambiente político e ferindo de morte regime democrático.
Desrespeita o direito de todos os maranhenses a informação correta, exata e sem
contaminação, qualidade essencial para um voto consciente”, destaca a ação do
partido.
Em
relação a Fabrício Oliveira e Uberlandes Alves, o PV aponta que os documento
incluídos na notícia de fato denotam que ambos recebem recursos do Governo do
Estado, via agências de publicidade, “para propagar centenas de matérias falsas
e notícias que ataquem a honra, a imagem da candidata adversária do Governador
Flávio Dino, com o objetivo de desequilibrar o pleito vindouro”.
Não
isolado
Ainda
de acordo com o PV, a conduta de assessores de segundo ou terceiro escalão, e
de aliados do governador Flávio Dino, revela que a disseminação de notícia
falsa pelo secretário de Comunicação “não é um caso isolado”.
“Há
pólos produtores de notícias falsas em todo Maranhão que devem ser investigados
com seriedade e rapidez, para que seja elucidado quais são os financiadores de
prática nociva ao sistema republicano, haja vista a existência de fortes
rumores e, até de confissões (provas citadas acima), de que o próprio Governo
do Estado seria o financiador da produção e disseminação de uma rede complexa e
de imenso alcance de informações falsas”, acrescenta a denúncia.
O
partido ressalta, também, o potencial nocivo da atuação irregular dos
comunistas no Maranhão.
“Há
ameaça real de que os atos ilícitos praticados possuem capacidade e
potencialidade de influenciar no resultado do pleito eleitoral do Maranhão
deste ano”, diz a notícia de fato, que cita os artigos da Lei das Eleições que
tipificam os crimes praticados nesses casos.
“Os
crimes tipificados nos §§1º e 2º, do art. 57-H, da Lei das Eleições, tratam da
‘contratação direta ou indireta de grupo de pessoas com a finalidade específica
de emitir mensagens ou comentários na Internet para ofender a honra ou denegrir
a imagem de candidato, partido ou coligação’, sendo igualmente consideradas
criminosas as pessoas contratadas”.
Mais
Procurado pela reportagem de O
Estado, Ednaldo Neves disse apenas que não foi ele quem
produziu a fotomontagem com Michel Temer no lugar de Hildo Rocha. “Não montei
foto nenhuma”, disse. Samuel Barroso afirmou não saber que se tratava de
montagem. “Não percebi que era fake, dada a perfeição da montagem (há até
matéria reconhecendo a perfeição), e logo que alertado, excluí a publicação”,
declarou.
De O Estado
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