Por mais
que o governador Flávio Dino (PCdoB) tente negar a existência de um sistema de
monitoramento com uso ilegal do aparelho estatal – notadamente a PMMA -, o
próprio documento “vazado” da corporação ordenando o fichamento de adversários
demonstra, com riqueza de detalhes, a existência de um comando para a operação
com objetivo eleitoreiro.
O ofício
datado de 20 de abril, além de conter número de controle (114/2018) cita também
um memorando anterior, cujo teor é considerado e devidamente controlado pela
menção de Memo Circular nº 098/2018, datado de 06 de abril, conforme
consta na redação.
O mais
grave vem ao final: a espionagem com “coleta de dados eleitorais, junto aos
órgãos competentes, que estão diretamente relacionado ao assunto” é referida
como solicitação de um tal “Coordenador das Eleições de 2018”.
Mas quem
seria o personagem oculto a quem se dirige o documento?
Há
indícios no ofício que trazem graves evidências a serem apuradas.
O
discurso de vítima adotado por Dino não parece mais surtir efeito com
proximidade da conclusão de um mandato que não correspondeu à enorme
expectativa popular gerada durante a campanha eleitoral. Terceirizar a culpa de
todos os problemas do Maranhão aos adversários soa ao eleitorado, tão almejado
pelo governador em sua reeleição, como cansativo e enfadonho, depois de quase 4
anos de repetitiva e apequenada retórica.
“Eles
estão preocupados apenas com o bolso, estão sentindo falta de lagosta, de
helicóptero, de caviar”, afirmou o governador em recente solenidade. A
população esperava explicações para uma denúncia tão comprometedora e não as
mesmas piadas repetidas no palanque de 2014.
Explicações
como quem seria o “Coordenador das Eleições de 2018” dentro da PM.
Do blog do Gilberto Léda
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