Por: Ribamar Côrrea
Ela mesma não se manifestou, durante a semana
que passou a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) foi tirada de uma
movimentação discreta, que pouco tinha a ver com preocupações políticas, e
“lançada” na seara pré-eleitoral. Primeiro, com a notícia não confirmada de uma
suposta pesquisa segundo a qual ela estaria em situação de empate técnico com o
governador Flávio Dino nas preferências do eleitorado para o Governo do Estado
em 2018. Depois, com uma súbita campanha, sem origem nem autoria que invadiu
redes sociais, em que internautas anônimos estariam festejando seu retorno à
disputa política com cartazes com dizeres do tipo “meu voto é dela” e “a
guerreira vai voltar”. Se se trata de uma produção articulada de factóides, o
tempo dirá.
Roseana Sarney é, sem dúvida, uma líder
política de peso, a mais representativa do Grupo Sarney, com cacife para se
lançar candidata a qualquer mandato, de vereadora a governadora, tendo sua
candidatura sempre com potencial para levar a melhor. Por outro lado, também
não há dúvidas de que seis anos depois de ter disputado a última eleição
(2010), Roseana não tem sido politica e eleitoralmente testada. Se as eleições
municipais de 2016 valem como referência, o cacife político da ex-governadora
está em baixa, já que, a exemplo de 2014, quando o seu grupo foi destroçado nas
urnas, perdendo as eleições de cabo a rabo – Governo, Senado, Câmara Federal e
Assembleia Legislativa –, o resultado geral das eleições municipais de outubro
passado foi também desastroso para o grupo da ex-governadora.
Se vai disputar o Governo do Estado, enfrentará
o governador Flávio Dino, que está em plena forma, tem agora 62% de aprovação,
segundo pesquisa recente do instituto Exata, cujos levantamentos costumam ser
confiáveis. Não se pode negar que a ex-governadora tem um lastro político e
eleitoral considerável e que pode crescer durante uma campanha para o9 Governo
do Estado. Mas não se pode ignorar o fato de que, além de estar em excelente
posição aos olhos da Opinião Pública, estar no comando de um Governo sem
máculas e com bom desempenho administrativo e decidido a enfrentar as urnas com
faca nos dentes, o governador Flávio Dino será um candidato muito difícil, mas
muito difícil mesmo, de ser batido.
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