“O
rosto dela estava deformado, os braços estavam amarrados para trás e a cabeça
coberta por um saco. Tudo leva a crer que ela foi enterrada viva. Uma
violência brutal”, foi o que disse a delegada Eunice Rubem, da Delegacia do
Maiobão, em entrevista a uma rádio de São Luís.
Segundo a delegada, que colheu relatos da mãe da menina, Alanna tinha
ciúmes de Robert, o que causava conflito entre a criança e o ex-padrasto, principal
suspeito do crime.
Sobre a mochila de Alanna, que foi encontrada no bairro Upaon-Açu com
caderneta e uma calcinha dentro, a delegada acredita que foi um recurso para
despistar as investigações.
“Estou com 19 anos de polícia e já me deparei com muita situação triste,
mas essa me chocou demais”, disse a delegada Eunice Rubem, que não rejeita
o envolvimento de outras pessoas no crime. “Essa criança certamente gritava, se
debatia, faria barulho. Não se descarta a possibilidade de mais pessoas
envolvidas. Os laudos vão mostrar tudo com mais precisão”.
Entenda o caso
Na manhã da última quarta-feira, dia 1º, a mãe de Alanna, Jaciane Borges
Pereira, deixou a menina sozinha em casa para participar de uma entrevista de
emprego. Ao retornar, quatro horas mais tarde, não teria encontrado novamente a
filha.
Segundo Jaciane, a menina já tinha ficado sozinha outras vezes em casa e
sabia, inclusive, que não deveria abrir a porta para ninguém sem a presença da
mãe.
Velório e sepultamento
A perícia do corpo no Instituto Médico Legal (IML), realizada na tarde
desta sexta-feira, 3, durou cerca de duas horas e pode revelar a causa exata da
morte nos próximos dias.
O velório está previsto para a noite desta sexta-feira, 3, e o
sepultamento será na manhã deste sábado, por volta das 8h.
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