Não
tem mais como esconder o modelo corrupto de governar o Maranhão. Além de
pagamento de “aluguéis camaradas”, nomeação de fichas suja na gestão, asfalto
sonrisal, contratações de empresas condenadas e investigadas pela Polícia
Federal, eis que agora uma nova descoberta: o pagamento de R$ 1,6 milhão de um
contrato rescindido na gestão passada por irregularidades.
Por: Luís Cardoso
A Empresa de
Projetos e Engenharia LTDA (EPENG) recebeu R$ 1.601.370,30 de um contrato
reincidido na gestão de Roseana Sarney, no primeiro semestre de 2014 por não
cumprimento de cláusulas, atraso na obra, subcontratação de empresa para
execução, e outras irregularidades.
A revelação
foi feita ontem pela deputada Andreia Murad (PMDB), ao lembrar que a mesma
empresa já ganhou outras obras agora na gestão de Flávio Dino em contratos que
chegam a quase R$ 100 milhões. O que chama a atenção é que a EPENG foi pilhada
em desvio de recursos da ordem de R$ 9 milhões e superfaturamento de contratos
no Tocantins.
O dono da empresa,
Francisco Antelius Sérvulo Vaz, confessou à Polícia Federal o ilícito e
confirmou que pagava propinas naquele estado para fiscais liberarem as medições
irregulares e assim receber por obras não executadas.
“Quando na
verdade o governo não paga ninguém, deu calote nas empresas que realmente
executaram serviços. Então, por que pagou essa que era para estar inadimplente
com o governo? Quero fazer inclusive um alerta, são muitos os empresários que
não receberam até hoje por serviços executados. E no Governo Flávio Dino, essa
empresa que teve seu contrato rescindido pela ex-governadora por não
cumprimento de cláusulas contratuais, recebeu poucos meses depois que Flavio
Dino assumiu, está aqui o comprovante. E não satisfeito, o Governador Flávio
Dino dá a EPENG a oportunidade de participar de licitações. Licitações muito
suspeitas. E ainda vence duas licitações de quase cem milhões de reais”,
afirmou a parlamentar.
“Estou curiosa
para saber quanto de propina este governo deve estar recebendo, porque se a
empresa confessa que dava propina no Tocantins, aqui a prática não deve ser
diferente”, insinuou Andreia Murad.
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