Governo comunista se utiliza da maioria de que
dispõe na Assembleia para aprovar lei que garante a nomeação de religiosos para
assumir postos de oficial militar sem concurso, num acordo com as igrejas
maranhenses
Flávio Dino e sua “renca” de capelães militares, todos nomeados por indicação de líderes religiosos, mesmo sem formação para o posto de oficial PM |
Parece agora estar explicado a quase
onipresença do governador Flávio Dino (PCdoB) em cultos evangélicos e em
reuniões com pastores – sobretudo da Igreja Assembleia de Deus – nas últimas
semanas. (Releia aqui)
O comunista sancionou, em 11 de agosto,
a Lei nº 10.654/217, que cria na estrutura da Polícia Militar, do Corpo de
Bombeiros Militar e da Secretaria de Administração Penitenciária o posto de
oficial capelão.
São nada menos que 20 novos
capelães PM e BM, distribuídos nas várias patentes oficiais – até de Coronel –
todos indicados por líderes evangélicos e católicos ou por políticos vinculados
a essas religiões.
Eles se juntam aos 14 já existentes nas
duas estruturas militares, todos nomeados sem concurso público.
Alguns desses capelães começaram como
tenente, mas hoje já têm patente de oficial superior, mesmo sem ter passado por
Academia de Polícia alguma.
A distorção criada por Flávio Dino é a
mesma tentada no governo Jackson Lago (PDT) – que, influenciado pelo vice,
pastor Porto, usou a farra dos capelães para alcançar popularidade nas igrejas
evangélicas, sobretudos as mais fisiológicas, como a Assembleia de Deus.
Essa nomeação em massa foi revogada no
governo Roseana Sarney (2009/2014), sob pressão do Ministério Público, hoje
omisso em relação ao governo Flávio Dino.
O mesmo pastor Porto, hoje auxiliar de
Dino, é quem articula a nova nomeação em massa de pastores para a PM e para o
Corpo de Bombeiros.
Flávio Dino, de bíblia na mão: relação cada vez mais próxima com líderes reiligiosos |
O cargo de capelão é previsto na
estrutura das forças armadas, mas no Exército, na Marinha e na Aeronáutica é um
posto militar, cujo acesso se dá exclusivamente por concurso.
No Maranhão, o posto é oferecido a
líderes religiosos em troca de controle eleitoral do rebanho nas igrejas, quase
sempre é desinformado e sem conhecimento o bastante para questionar a
picaretagem dos pastores.
E Flávio Dino, esperto que só ele,
percebeu logo como adoçar a boca desses líderes…
Do blog do Marco D'eça
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