Por: Diego Emir
O
deputado estadual Sousa Neto (PROS), na sessão plenária desta quinta-feira (4),
voltou a cobrar do Governo Flávio Dino (PCdoB) a convocação dos 1.432
candidatos sub judice da Polícia Militar. Ele denunciou, também, a retaliação
do Comando da PM aos 640 novos soldados do interior do Estado.
“É
inaceitável, nos dias de hoje, em que a sociedade clama por segurança pública,
que o Governador ditador Flávio Dino queira fazer um novo concurso público para
chamar 1.600 policiais, tendo 1.500 sub judice, prontos para o Curso de
Formação. Todos trazem consigo uma história. São relatos emocionantes de
pessoas que já gastaram o que não tinham, para chegarem até aqui. A única coisa
que eles querem e estão aptos, é vestir a farda da Polícia Militar e defender a
vida de cada um de nós. É uma guerra que nós entramos, e tenho certeza de que
vamos vencê-la. Vamos para cima até o fim, enquanto vocês não vestirem a farda
de vocês, não vamos recuar”, exaltou, sob
aplausos dos candidatos que ocupavam a galeria da Assembleia.
Sousa falou da
reunião da Comissão de Segurança da Casa, ocorrida durante a manhã, com a
participação dos deputados Júnior Verde (Presidente) e Cabo Campos, em que
ficou acertada para o dia 18 de maio, uma audiência pública com representantes
da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Procuradoria do Estado, Ministério
Público, Poder Judiciário e OAB, para tratar da questão. “É a última vez que eu vou a audiência
pública de Segurança, até porque eu já marquei várias, e nenhum representante
do Governo veio. Eles não gostam de desgastes. Estamos na luta, e dia 18,
sairemos da audiência direto para alguma instância que resolva realmente o
problema”.
Governo
persegue novos soldados do interior – Na
oportunidade, o deputado denunciou a situação dos 640 novos soldados, formados
no último mês de março, que foram transferidos do interior para a capital, por
perseguição do comando da SSP.
“Aqui
é o relato de um soldado barra 16. Esses policiais militares vieram do
interior, por determinação do Comandante Geral, para entregar a documentação e
resolver pendências administrativas. Passaram dias no CEFAP e nos batalhões,
sem comida, sem roupa e até sem materiais de higiene. Depois, providenciaram os
uniformes deles para fazer aquela propaganda midiática do Governo que vocês
veem todo dia na TV. Agora, eles ficaram sabendo que vão ter que trabalhar em
São Luis. E olha o recado do comandante geral para eles: Vocês vão aprender a
não entrar mais na Justiça”.
O parlamentar lembrou
que, pelo edital do concurso público, ocorrido no ano de 2012, as vagas eram
regionalizadas. “O
concurso tinha vagas de acordo com as cidades e os batalhões da PM, no estado.
Como retaliação, o comando determinou que eles prestem serviço na capital. O
que mais me preocupa é a irresponsabilidade desse Governo, querer que um
policial que foi formado no 7º Batalhão de Pindaré, por exemplo, que mora em
Santa Inês, seja colocado para fazer policiamento, vamos supor, lá no
Coroadinho ou no Anjo da Guarda, a maioria sem nunca ter pisado em São Luís do
Maranhão”.
Sousa Neto comentou,
por fim, a decisão judicial que afastou Jefferson Portela do comando da
Segurança Pública. “Esse
Governador da mentira, Governador midiático, que, ontem (3), por birra, o
Secretário de Segurança Pública foi, por meio de uma ação judicial, colocado
para fora do seu lugar, por não cumprir uma decisão judicial, porque eles
pensam que eles são donos até do Judiciário e do Legislativo. Aqui, no meu
mandato, eles não mandam. Não vou recuar com medo deste comunista que aí está
de passagem pelo Governo do Estado do Maranhão”, finalizou.
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