Excesso de medidas provisórias foi criticado por
deputados de oposição em sessão na Assembleia
Um
levantamento apresentado na sessão de ontem por deputados de oposição aponta
que o governo Flávio Dino (PCdoB) já encaminhou à Assembleia Legislativa mais
medidas provisórias que projetos de lei em 2017: são 25 MPs, contra 24 PLs.
O
assunto foi tema de vários discursos dos oposicionistas durante a tentativa da
base comunista de aprovas as nove medidas que estavam em pauta – conseguiram
apenas quatro.
“Desde
que assumiu o governo, Flávio Dino já editou 68 medidas provisórias. Um absurdo”,
condenou o deputado Adriano Sarney (PV). O parlamentar lembrou que Dino é o
autor de um livro em que ele próprio condena o instituo das MPs – na
publicação, o comunista diz que esse é um dispositivo fruto da ditadura
militar.
“Indo
nesse ritmo, o governo comunista chegará a mais de 100 medidas provisórias. O
próprio governador, em um livro escrito e pouco vendido, vendeu apenas dez
edições, disse que o ato de editar medidas provisórias é um ato ditatorial.
Portanto, eu já ganhei toda e qualquer liberdade para chamar o governo
comunista de governo ditador”, completou. Adriano já chegou a rasgar uma edição
do livro, no início do ano (relembre).
A
publicação foi citada, também, pela deputada Andrea Murad (PMDB). “O governador
é autor de um livro onde condena medidas provisórias como ato ditatorial. Ele
condenava a medida provisória, mas governa através dela, onde o verdadeiro
ditador é ele que se utiliza de uma medida de exceção para impor os seus
interesses. Só hoje são nove medidas provisórias para serem votadas e enfiadas
goela abaixo dos deputados e se garante nisso por ter a maioria. Só este ano de
2017, o governador enviou 25 medidas provisórias contra 24 projetos de lei. Um
verdadeiro absurdo”, comentou a deputada.
Max
Barros questionou a falta de maior discussão dos temas das MPs com a sociedade.
Ele destacou a importância das propostas efetivadas por meio dos, mas cobrou
mais “transparência” por parte do governo.
“Sem
dúvida alguma, são projetos como o da siderúrgica, da refinaria que podem de
fato alavancar a economia desse Estado. Agora, esses projetos têm que ser bem
tratados, bem negociados, tratados com transparência, com participação da
população, dos trabalhadores, da classe empresarial e principalmente da
Assembleia Legislativa, que tem esse papel de discutir os projetos que são de
interesse do nosso Estado”, completou.
O Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário